sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Planos para as férias

Lembrei-me que ano passado fiz uma listinha do que fazer nas férias de verão e praticamente cumpri tudo. Vou listar aqui algumas coisas que pretendo fazer:

1 - Tomar um pouco de sol e mudar um pouco de cor
2 - Viajar
3 - Sarar da minha esofagite
4 - Tirar meu siso
5 - Ler
6 - Terminar meu Mario Galaxy 2 e meu Okami
7 - ficar muito pouco tempo na internet - aliás, quero fugir disso aqui
8 - Reecontrar pessoas queridas das quais tenho saudades
9 - Escrever
10 - (Re)aprender a dirigir

Por enquanto é isso... se alguém se lembrar de mais alguma coisa por mim, aceito sugestões. E quem quiser participar de algumas dessas empreitadas comigo, fique à vontade também.

E, como já diriam os Beatles, "All we need are vacations".

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Livrai-nos da breguice do amor

Mais uma verborragia. Preparem-se para a falta de decência linguística desse meu post, mas eu não posso deixar de falar...parei de escrever um trabalho da faculdade pra vir aqui postar por tamanha indignação. Visito as redes sociais e me dou de cara com perfis "unidos", tipo "LucasS2Mari", com depoimentos cheios de erros de português e escrita infanto-juvenil com mil diminutivos e coraçõezinhos, ursinhos, versinhos, juras de amor, "te amo pra sempre, te amo demais", "TI AMUUUUUUUUUUU", álbum em conjunto, mil fotos dos dois juntos, o perfil "invadido pela namorada" que deixa seu "rastro" por saber a senha do parceiro e destrói - simplesmente destrói - qualquer reputação do seu parceiro com mais breguices ainda. Ou então aquele namorado/namorada que comenta TODA foto do parceiro, por mais que não tenha o que falar, ele/ela repetem a mesma coisa em TODAS as fotos.

Tudo bem, respeito o jeito de amar das outras pessoas, elas fazem o que bem entendem, mas disso eu discordo. Que mané eu iria querer saber a senha do meu namorado? O que é isso, afinal? É amor ou apologia à breguice? É amor ou tentativa de controle? Pra quê isso? Tudo bem que o amor é meio brega às vezes, mas tem como não ser.

Ah, se tem...(L)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

mundo louco e sábio [2]

eu acredito em você [2].

e, mais do que tudo, eu acredito em mim.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Efeito Macca


Só quem esteve no show realmente sabe do que eu estou falando.

Talvez por eu ser uma fã de Beatles de longa data - desde que nasci - eu tenha me surpreendido tanto com a performance do Paul neste domingo-louvado, dia 21 de Novembro de 2010, no Estádio do Morumbi em São Paulo.
Imagine você, estando na arquibancada e vendo o Morumbi lotadasso. São 60.000 pessoas cantando juntas, chorando, gritando, vibrando pelo Paul - ou pelos Beatles que já se foram. Tinha gente de todas as idades, mas posso dizer que a 90% que estava lá não era nem nascido quando os Beatles terminaram. Ótima acústica, telões em HD, cheio de efeitos. Os caras tocaram muito, muito mesmo.
Destaques para The long and winding road (belíssima), Hey Jude (a minha favorita), Live and Let Die, I've just seen a face, Something (em homenagem ao George) e, é claro, o combo A Day in the life + Give peace a chance.

Eu não tenho do que reclamar. Nem chuva teve. E ainda fui com o meu pai. Valeu, Paul!

domingo, 21 de novembro de 2010

sem querer

às vezes, ainda que sabendo da resposta e já tê-la internalizado, eu me pego perguntando pra mim mesma:

onde foi que eu errei?



.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

desadolescendo (?)

Aquelas noitadas com música indie rock têm me cansado - e muito. Não tenho mais paciência nem vontade para dar de encontro aos pseudo-cults-descolados-de-roupas-coloridas-que-seguem-a-moda-indie. Não tenho mais vontade de dançar "Dancing with Myself" e nem MGMT. Não tenho mais vontade - e fisicamente nem posso mais - de beber vodka com coca-cola. Não tenho mais vontade de ir na Rock'n'beats, Rockones e todas as baladas com 'rock' no nome. Tampouco gosto de outros tipos de baladas.

Mas ainda gosto de jogar meu Wii e amo minha coleção de Barbies. Ainda acho Rei Leão o melhor desenho do mundo e meu quarto tem várias bonequinhas da Sakura e de Zelda nas prateleiras. Ainda espero ansiosamente por alguns jogos de videogame e admiro a cultura japonesa, como fazia quando tinha uns 12 anos de idade.

E hoje me disseram [mais uma vez] que à primeira vista pareço diferente do que realmente sou.

Devaneios, crises de identidade e fome. Vou indo lá comer que eu ganho mais (ou não, porque se trata do RU).

poeminha concreto

sinto

falta

do

que

me

movia

feito

o trem da

estação

em

chamas. . . .

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

numa caixa

você
eu
nós
dialéticos

giram as cabeças
unem os corpos
e te despido de ti

teus medos, aflições
e os faço inconscientemente girar
na mente que não é minha

em movimentos opostos
eu
você
sós

e uma caixa vazia.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Ah! Às mulheres...

Elas são sempre tão charmosas, doces, inteligentes, intuitivas! Divertidas, algumas delas meio doidas, engraçadas, com senso de humor. Ah, essas mulheres da minha vida. Se não fosse por elas o que seria de mim? Minhas amigas, companheiras, com quem eu converso sobre tudo, desde algumas nerdices até falar mal de homens, escolher roupa, sapato, maquiagem, esmalte.
E costumam ser sensíveis e decididas; arriscam sem medo, seguram as pontas, são compreensivas e tentam até o fim.
Estas são características das minhas companheiras, e por elas faço a minha imagem de mulher.

Este post pode soar meio clichê e feminista, mas quem se importa? Nós somos mesmo sensacionais e não há homem que nos supere. Não que eu conheça...

.

Tudo líquido

Bauman está certo.

A sociedade moderna das angústias e muitas possibilidades, do consumo exacerbado e das relações pessoais facilmente descartáveis. Da velocidade vista como salvação para se esquiar neste gelo fino, das mudanças repentinas de comportamento, do descaso ao amor, das relações de trabalho perdendo espaço para a acirrada competição política. das identidades que se dissolvem nesse emaranhado de escolhas que não sabemos quais fazer. da Globalização e meios de comunicação, que permitem a todos saber sobre tudo e estar em contato com outras culturas e nos faz ainda mais indecisos e ansiosos por informações.
Da necessidade do ser e estar a todo momento, aqui e lá, hoje e amanhã. Do futuro "inescrutável, impermeável, incogniscível e, por fim, além do controle humano". Este é o homem sem vínculos. Ele não pode ter vínculos, não pode se apegar. E eis que, em meio disso tudo, surge a angústia, o desespero, a falta.

Fica, aqui, uma pequena citação de Bauman do livro "Identidade". Uma das muitas que eu queria fazer por aqui:

""Num mundo em que o desprendimento é praticado como uma estratégia comum da luta pelo poder e auto-afirmação, há poucos pontos firmes da vida, se é que há algum, cuja permanêncoa se possa prever com segurança. Assim, o 'presente' não compromete o 'futuro', e não há nada nele que nos permita adivinhar, muito menos visualizar, a forma das coisas que estão por vir. O pensamento e, mais ainda, os compromissos e as obrigações de longo prazo parecem, de fato, 'sem sentido'. Pior ainda, parecem contrapuducentes, realmente perigosos, um caminho tolo a se seguir, um lastro que precisa ser atirado ao mar e que teria sido melhor, afinal das contas, nem ter sido trazido a bordo". (p. 74)

Acho que, em síntese, Bauman traz um grito de socorro. Onde é que tudo isso vai parar? Um apelo ao "sólido" que tem sumido da nossa sociedade.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Histórias de amor

Estive pescando, por aqui e acolá, histórias de amor de alguns conhecidos. O interessante é notar como elas são contadas com grande entusiasmo como se fossem um conto de fadas quando, obviamente, terminam "bem". As histórias que não tiveram um final feliz costumam ser contadas com racionalidade, distância, analisando os detalhes e com certo ar de sensatez. Ou então as pessoas evitam falar sobre elas, até mesmo porque as esqueceram, fizeram questão de esquecer aquilo que passou ou que terminou em lágrimas.
E tem a minha mãe, que com aquele ar sereno e interrogativo, analisa suas histórias como 'uma ironia' que, no seu tão esperado fim-que-ainda-não-terminou, recaem sobre uma felicidade bem merecida após uma boa luta, desencontros e sofrimentos ("And in the end, the love you take is equal to the love you make", já diriam os Beatles).
Mãe também quer ajudar...pra gente entender a vida como ela é. Mas pra entender, mesmo, é só vivendo. Se é que é possível entendê-la...

sábado, 30 de outubro de 2010

Para meu pai

E digo aqui pra esse homem, cujo aniversário é hoje, dia 30 de outubro, que eu o acho esplêndido.
Quero um homem igual meu pai pra casar, pra ter como amigo, pra ser meu eterno companheiro; eterno companheiro como eu sei que ele é. Homem de aparente seriedade que não deixa de ser somente uma aparência. Debaixo da casca fina das sérias feições tem um incrível senso de humor que me faz rir desde 1990, e um imenso coração que me faz amá-lo pra sempre.

Fica aqui registrada a minha admiração por ele. Feliz aniversário, pai. Que os anos te transformem não em [somente] alguém mais velho, mas sim alguém ainda mais bem realizado, mais sábio e mais feliz. O passar dos anos tem sim muitas vantagens.

Um grande beijo pra você! Eu te amo.

sono

esse sono que me consome cada tempo que passa e passa e eu não durmo por insistência em ficar acordada quero ver conhecer conversar nesse mundo virtual que eu não consigo acordar

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

mundo louco e sábio

Tem algumas coisas que é incrível notar o quanto elas fazem sentido somente depois de um bom tempo que aconteceram. O mundo parece girar por si só e te levar junto dele sem você perceber. Quando você vê, depois de muitos acontecimentos significativos, volta sua mente ao passado e percebe que, se tivesse reagido em certa hora como você desistiu por nenhum motivo aparente, nenhum acontecimento seguinte teria sido igual.

Mundo estranho. Eu acredito em você.
E estou meio Efeito Borboleta hoje.

Margaridas - conto apocaliptico que escrevi pra faculdade

Acordou. Encontrava-se deitado em uma espécie de maca, branca e desconfortável. Sentia dores nas costas e um desconforto imenso ao tentar se mexer. Quando abria os olhos, só enxergava borrões e uma claridade demasiada desnecessária para aquele lugar, que não conseguia reconhecer. “Onde estou?”

O sono incontrolável tomou conta de seus pensamentos e, em poucos segundos, encontrava-se em outro lugar. Viu, então, que estava em sua casa, sua tão querida casa! As cores pareciam muito vivas e o odor das margaridas que tinha dado à sua mulher no dia anterior provocava em Carlos uma imensa sensação de alívio e prazer. Foi até a sala de estar e observou a foto que estava no porta-retrato em cima da mesa: era a foto do dia de seu casamento, há dois anos atrás. Foi então que se lembrou do grande dia! Como sua esposa estava bela de branco, e as flores que segurava pareciam tão vivas e coloridas quanto as cores das margaridas. E que saudades que sentia de sua mulher! Ao se lembrar da pele macia de seu rosto, de seu perfume suave e dos cabelos loiros que formavam cachos belíssimos, sentia como se não a tivesse visto por muitos anos.

Percebeu que alguém se aproximava sorrateiramente dele, e, quando se virou, viu que era sua mulher. Ela estava muito bem vestida, maquiada e perfumada. Abraçou-a com força e paixão, deu-lhe beijos e sussurrou “eu te amo” pelo pé do ouvido.

- Meu amor, parece que não me vê há séculos! Eu sei que tenho trabalhado muito, mas de noite estou sempre aqui para ficar com você e cuidar da Júlia. Lembra-se que diminuí minha carga horária para ficar mais tempo com vocês?

Carlos não se lembrava de muitas coisas. Não se lembrava nem como havia chegado a sua casa, onde estava antes disso e também não se lembrava da última vez que havia visto sua mulher Ana. Até aquele momento tinha também se esquecido de que tinha uma filhinha, a Júlia!

- Ana, querida, eu não sei o que aconteceu comigo. Sinto-me estranho e um pouco cansado... É muito bom estar em casa e poder revê-las! Onde está a Julinha?

- Ela está no berço no nosso quarto, dormindo feito um anjo.

- Vou subir ao quarto e me deitar.

Carlos subiu as escadas. Cada degrau que subia parecia consumir uma força que já não se encontrava mais em suas pernas. Foi quase se arrastando para o quarto, quando viu que sua filha, Júlia, estava dormindo no berço ao lado da cama do casal. Deu um beijo na testa da filha e deitou em sua cama, que parecia mais dura e desconfortável como de costume.

Subitamente, começou a sentir um desconforto muito grande. Pensamentos horrendos invadiam sua consciência, uma angústia grande tomava conta de seus sonhos. Estava agora em uma guerra de terror e tristeza. Escutava choros de criança, mulheres correndo desesperadas com seus filhos nos braços. Só havia mulheres e crianças e muito sangue ao seu redor. A rua de sua casa estava irreconhecível: só havia ruínas, fogo, explosões. A casa de Carlos, mesmo, estava em pedaços. Restavam as margaridas, tão belas e vivas como antes, e que transformavam aquela sensação angustiante em uma pequena porção de paz e tranqüilidade. Nenhuma flor havia, sequer, se desmantelado.

Um homem se destacou perante às mulheres. Carlos apressava o passo, visto que o homem se aproximava. O homem tinha, além da farda, uma máscara horrível, parecendo um demônio; em sua mão esquerda, vermelha de sangue, segurava uma espécie de adaga onde se reluziam os fortes raios de sol. Sem ao menos perceber, em uma fração de segundos, o homem estava perto de Carlos e enfiou-lhe a adaga pelas pernas. Carlos gritou.

Acordou muito assustado, levantou-se de sua cama e foi até a janela tomar um ar. Ao olhar pela janela, observou que sua filha brincava lá fora, sozinha. Pensou que tivesse passado muito tempo desde que decidira tirar a soneca, já que sua filha estava, em instantes, ao seu lado dormindo no berço.

Desceu as escadas. Sentia uma dor horrível nas pernas, que tentava ignorar. Quando chegou à sala de estar, viu sua mulher sentada ao sofá, em prantos.

- Mas o que houve meu bem?

Sua esposa não respondeu, e continuava a soluçar.

-O que foi? Onde está a Julinha?

Carlos a abraçou com força e sentiu que Ana se sentia muito triste, por razões que ele não compreendia. Ela continuava a não responder, e sequer olhava para o marido. Seus olhos cheios de lágrimas continuavam baixos, e fixavam o chão.

Carlos observou que o retrato do dia do casamento estava abaixado, e as margaridas também tinham murchado. Sua filha entrou pela porta da frente, já com uns 10 anos de idade e abraçou a mãe. Carlos não entendia o que se passava, mas tinha muitas dores nas pernas. A dor fisgou sua contração muscular e se debruçou no chão, gemendo. Implorava por ajuda, mas sua família não lhe dava atenção.

- Pois bem, doutor, ele se chama Carlos Garcia e sua casa foi atingida.

- E o resto da família, algum sobrevivente?

- Mulher e filha já receberam o atestado de óbito.

- Está certo, enfermeira. Há quanto tempo ele está assim? E as suas pernas?

- Há umas três horas. As pernas estão definhando, doutor. E a coluna foi atingida. Não sei por quanto tempo mais ele irá sobreviver.

- Mesmo não tendo grandes chances de sobrevivência, induza-o ao coma novamente. O sedativo não dará conta.

- Ok, doutor. Será feito.

Carlos não sabia de mais nada. Via um vaso de margaridas perto da cabeceira de sua cama. Sentia que sua dor insuportável permanecia, e sabia que estava sozinho. Em um segundo, lá estava em sua casa novamente... sua tão querida e bonita casa!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

leio logo escrevo

Tenho percebido, ao passar das minhas leituras, reflexões e posts, que a vida é minuciosa e rica demais para se evitar que fale dela. Que pense sobre ela. Que sofra nela. A leitura tem me feito sentir muito caos - já até cogitei a possibilidade do meu problema ser porque eu leio demais - mas ao mesmo tempo, como que dialeticamente, ela se torna sempre minha salvação (obviamente que aquela boa leitura: um bom livro, uma boa reflexão, uma boa poesia, um bom blog...). Através dela eu acredito e desisto, eu nasço e morro, eu rio e choro.
A vida tem dessas coisas. Estamos sempre sujeitos aos sentimentos, angústias, felicidades. E isso vem e vai, pode nos destruir ou construir, ou até mesmo ambas as coisas. Dentro de mim e de todos nós tem um universo. Dentro de mim há lágrimas e risos, há inconstâncias, há insegurança, há amor. Não tenho tido mais medo de me arriscar, de encarar, de aprender; e, em congruência, tenho sofrido por muitas coisas que tenho arriscado e que, no fim, não se concretizaram. Mas tenho sentido a vida como ela é, e essa sensação é mais do que ler um bom livro ou uma boa poesia. É mais do que pensar e tentar entender sobre tudo. Tenho apenas 20 anos de idade e tenho muitas coisas a aprender dessa vida - e espero aprender muito cada vez mais. Uma das minhas certezas sobre ela é que é inevitável sentir e muitas vezes é inevitável sofrer. Tenho percebido também que tentar entender muitas vezes não leva a nada. Às vezes é importante se 'conformar', é importante ser honesto consigo mesmo e com os outros, e é importante saber que nem sempre as pessoas são honestas com você e que você não tem a fazer quanto a isso. É importante saber que um dia tudo morrerá, mas não significa que você não irá renascer. E esse "renascer" é pra algo melhor.

Semestre passado sofri pouco, estudei muito, li muito, segui os estudos à risco. Não lia por prazer o que eu queria, li somente as coisas da faculdade, que tomavam meu tempo e disposição. Não me envolvi totalmente com ninguém. Era tranquila, passiva, tudo estava "bem".
Esse semestre tudo se remexeu, todo o caos floresceu, larguei os estudos bobos, larguei o que não me importa, li aquilo que eu quis ler, arrisquei um amor que eu acreditei que fosse dar certo, sofri, voltei à fazer terapia, fui em mil festas, bebi, caí e levantei, escrevi esse post.

e por favor, não me deixem mais voltar à velha vida de antes. prefiro um CR menor e uma sensação de que eu vivo.

esse post é dedicado à minha tão querida e amada mãe, após me ouvir chorando e resmungando ao telefone.

domingo, 24 de outubro de 2010

felicidade apaziguadora

Tenho me sentido feliz que poderia deitar na grama molhada e abraçar o mundo depois de uma tempestade.

no meu canto

Após muitas reflexões e conversas, pude perceber que o problema não sou eu, nem as circunstâncias que independem de todos nós. O problema é algo muito mais fundo, algo que não me pertence e que eu não posso alcançar. Saber que eu não posso fazer nada me traz a boa e egoísta tranquilidade ("não tenho nada a ver com isso"). Mas, ao mesmo tempo, me sensibilizo. Só me resta ficar aqui, no meu canto, esperando a vida melhorar, e esperando te ver mais feliz. Boa sorte. Eu torço muito por você. Torço muito por todos nós.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

melancolia

Não tenho me sentido nada bem, e isso tem me assustado um pouco (leia-se 'muito'). A maior parte do dia sinto que estou angustiada, não tenho mais vontade de estudar - estou praticamente 'largando' minha faculdade -, me sinto desanimada à beça. Ando até sem apetite e já emagreci um bocado.
E parece que os pensamentos negativos sempre persistem e me fazem chorar.

Que merda é isso? Alguém me explica?

domingo, 10 de outubro de 2010

frio

É a única coisa que me faz dormir numa madrugada como essa.

confissão


de dia a dia corriqueiro
em passos apressados
livros e folhas nas mãos
você apareceu

do apressado pouco restou
e não mais perdido, o tempo
já não mais dias e sim anos
me fez inteira.


eu te amo, minha amiga.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

(des)

Hoje acordei com um resquício de descontentamento. Não só hoje, já faz um tempo que não consigo mais sentir vontade de coisas que antes sentia.
O doce se amargurou, a realidade se acendeu e mais uma vez me sinto impotente. Você estava enganado quando me disse tudo aquilo? Onde está a credibilidade das palavras? Mas acho que a maior questão que permeia tudo é: por que complicar se o sentimento é simples? Sentimento simples, circunstâncias não tão simples assim.

Como diria Clarice, "Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca".

Falta-me a troca.

E agora, José?

ps: acho que isso é um grito de socorro.
ps2: que o tempo cure. e que passe rápido.
ps3: vou ligar pra minha tão linda e querida vó. saudades dela, saudades de mim.
ps4: e sabe o que é mais legal? depois de conversar com minha avó tive vontade de mudar esse post inteiro

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sabe-se lá quantas vezes tive a impressão de estar no lugar errado, no momento errado. Não poderia esperar mais um pouco para acontecer? Por que as circunstâncias são as mais complicadas?
Por que tantos desafios em meio a um só desejo, o de ser feliz?

Devaneios me perseguem...

um agradecimento à Luciana, minha prima, por me fazer enxergar que meu blog existe.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

inconstância

Posso dizer que essa foi uma das semanas mais difíceis da minha vida.

E tudo se resolveu com a chegada da menstruação e com uma conversa um tanto quanto apaziguadora.

... o que o amor não cura?

.

domingo, 8 de agosto de 2010

madrugada

Quero um amor de verdade que me zele e me coloque em primeiro lugar. Quero alguém que me diga o quanto me acha bonita, o quanto eu sou especial e que não vive sem mim. Quero alguém para poder abraçar, beijar, fazer amor.
Num estalar de dedos, ao ter tudo que desejo, eu...
não quero que ninguém me zele e me coloque em primeiro lugar. Não quero alguém me dizendo o tempo todo o quanto me acha bonita ou especial ou que não vive sem mim. O que eu quero é alguém pra abraçar, beijar e fazer amor.

E fora de mim vive tão egocentricamente que, quando tem o que quer, rejeita sem dó alguma.

Acho que, no fundo, eu não abro mão da minha liberdade. (Liberdade?)
Eu quero é um amor de verdade, que sei que ainda não encontrei.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Vazio

Faltam-me palavras, persamentos, anseios. Falta-me coerência.
Falta-me a mim.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O Eterno Espanto




"Que haverá com a lua
que sempre que a gente a olha é com o súbito espanto da primeira vez?"

Mário Quintana


Carta a Você

Não sei o que passou na sua mente, não sei por quê razão Você fez o que fez. Só sei que criei uma falsa impressão daquilo que Você é, e, infelizmente, hoje me sinto mais uma vez diferente de alguém.
Entretanto, porventura, Você me transformou: foi com Você que eu resgatei minha auto-estima, meu senso de humor, meu romantismo clichê. Foi com Você que pude sair de casa ao som de Sugar Pie, Honey Bunch e sentir, como nunca havia sentido antes, que aquela música teria sido feita por mim naquele dia.
Quero que saiba que te amei por dois dias e algumas horas. Foi o suficiente pro amor ficar guardado pra sempre, aqui.


Adios.

Palavreando

Eu não deveria ter começado um blog. Não deveria pois de poética tenho mais do que deveria, mas nada que saia da minha mente, e, quando penso em passar para o papel, me vem certa angústia. Um certo desconforto aparece como que se as pessoas fossem, através do que eu escrevo, descobrir quem sou, o que quero, o que pretendo. Entretanto, a idealização de que escrevemos aquilo que somos, ou de que temos total controle das palavras é falsa: a escrita segue seu próprio caminho, e, quando notamos, ela já saiu de nós, já criou vida própria e pode sofrer infinitas interpretações que independem de nós. Quem lê tira suas próprias conclusões, e, a partir de então, faz sua própria leitura, onde guarda, mesmo que inconscientemente, seus anseios, devaneios, fetiches, "enlaçando" tudo a sua história [única] de vida e suas leituras anteriores. A leitura se torna, então, única.
Por que, então, escrever? Relutei muito comigo mesma pra chegar à conclusão de que um blog como esse, ou seja, um blog como uma escrita de si tem muito a me acrescentar e a te acrescentar também. O leitor muda toda vez que lê, e o texto muda o leitor que por sua vez mudará o texto e a sua interpretação. O escritor ao tentar "domar" as palavras também muda, e, a cada frase escrita ou apagada, muda então seu pensamento e sua própria reflexão.
Venho por meio deste blog, portanto, tentar, principalmente, me tranformar. Espero poder ler este post e a cada vez sentir que estas não eram as palavras que deveriam ter sido. E é isso que vai movimentar o meu ser e a minha escrita a persisitirem por aqui.
Espero que cada post daqui transforme vocês também.