sexta-feira, 26 de novembro de 2010

mundo louco e sábio [2]

eu acredito em você [2].

e, mais do que tudo, eu acredito em mim.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Efeito Macca


Só quem esteve no show realmente sabe do que eu estou falando.

Talvez por eu ser uma fã de Beatles de longa data - desde que nasci - eu tenha me surpreendido tanto com a performance do Paul neste domingo-louvado, dia 21 de Novembro de 2010, no Estádio do Morumbi em São Paulo.
Imagine você, estando na arquibancada e vendo o Morumbi lotadasso. São 60.000 pessoas cantando juntas, chorando, gritando, vibrando pelo Paul - ou pelos Beatles que já se foram. Tinha gente de todas as idades, mas posso dizer que a 90% que estava lá não era nem nascido quando os Beatles terminaram. Ótima acústica, telões em HD, cheio de efeitos. Os caras tocaram muito, muito mesmo.
Destaques para The long and winding road (belíssima), Hey Jude (a minha favorita), Live and Let Die, I've just seen a face, Something (em homenagem ao George) e, é claro, o combo A Day in the life + Give peace a chance.

Eu não tenho do que reclamar. Nem chuva teve. E ainda fui com o meu pai. Valeu, Paul!

domingo, 21 de novembro de 2010

sem querer

às vezes, ainda que sabendo da resposta e já tê-la internalizado, eu me pego perguntando pra mim mesma:

onde foi que eu errei?



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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

desadolescendo (?)

Aquelas noitadas com música indie rock têm me cansado - e muito. Não tenho mais paciência nem vontade para dar de encontro aos pseudo-cults-descolados-de-roupas-coloridas-que-seguem-a-moda-indie. Não tenho mais vontade de dançar "Dancing with Myself" e nem MGMT. Não tenho mais vontade - e fisicamente nem posso mais - de beber vodka com coca-cola. Não tenho mais vontade de ir na Rock'n'beats, Rockones e todas as baladas com 'rock' no nome. Tampouco gosto de outros tipos de baladas.

Mas ainda gosto de jogar meu Wii e amo minha coleção de Barbies. Ainda acho Rei Leão o melhor desenho do mundo e meu quarto tem várias bonequinhas da Sakura e de Zelda nas prateleiras. Ainda espero ansiosamente por alguns jogos de videogame e admiro a cultura japonesa, como fazia quando tinha uns 12 anos de idade.

E hoje me disseram [mais uma vez] que à primeira vista pareço diferente do que realmente sou.

Devaneios, crises de identidade e fome. Vou indo lá comer que eu ganho mais (ou não, porque se trata do RU).

poeminha concreto

sinto

falta

do

que

me

movia

feito

o trem da

estação

em

chamas. . . .

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

numa caixa

você
eu
nós
dialéticos

giram as cabeças
unem os corpos
e te despido de ti

teus medos, aflições
e os faço inconscientemente girar
na mente que não é minha

em movimentos opostos
eu
você
sós

e uma caixa vazia.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Ah! Às mulheres...

Elas são sempre tão charmosas, doces, inteligentes, intuitivas! Divertidas, algumas delas meio doidas, engraçadas, com senso de humor. Ah, essas mulheres da minha vida. Se não fosse por elas o que seria de mim? Minhas amigas, companheiras, com quem eu converso sobre tudo, desde algumas nerdices até falar mal de homens, escolher roupa, sapato, maquiagem, esmalte.
E costumam ser sensíveis e decididas; arriscam sem medo, seguram as pontas, são compreensivas e tentam até o fim.
Estas são características das minhas companheiras, e por elas faço a minha imagem de mulher.

Este post pode soar meio clichê e feminista, mas quem se importa? Nós somos mesmo sensacionais e não há homem que nos supere. Não que eu conheça...

.

Tudo líquido

Bauman está certo.

A sociedade moderna das angústias e muitas possibilidades, do consumo exacerbado e das relações pessoais facilmente descartáveis. Da velocidade vista como salvação para se esquiar neste gelo fino, das mudanças repentinas de comportamento, do descaso ao amor, das relações de trabalho perdendo espaço para a acirrada competição política. das identidades que se dissolvem nesse emaranhado de escolhas que não sabemos quais fazer. da Globalização e meios de comunicação, que permitem a todos saber sobre tudo e estar em contato com outras culturas e nos faz ainda mais indecisos e ansiosos por informações.
Da necessidade do ser e estar a todo momento, aqui e lá, hoje e amanhã. Do futuro "inescrutável, impermeável, incogniscível e, por fim, além do controle humano". Este é o homem sem vínculos. Ele não pode ter vínculos, não pode se apegar. E eis que, em meio disso tudo, surge a angústia, o desespero, a falta.

Fica, aqui, uma pequena citação de Bauman do livro "Identidade". Uma das muitas que eu queria fazer por aqui:

""Num mundo em que o desprendimento é praticado como uma estratégia comum da luta pelo poder e auto-afirmação, há poucos pontos firmes da vida, se é que há algum, cuja permanêncoa se possa prever com segurança. Assim, o 'presente' não compromete o 'futuro', e não há nada nele que nos permita adivinhar, muito menos visualizar, a forma das coisas que estão por vir. O pensamento e, mais ainda, os compromissos e as obrigações de longo prazo parecem, de fato, 'sem sentido'. Pior ainda, parecem contrapuducentes, realmente perigosos, um caminho tolo a se seguir, um lastro que precisa ser atirado ao mar e que teria sido melhor, afinal das contas, nem ter sido trazido a bordo". (p. 74)

Acho que, em síntese, Bauman traz um grito de socorro. Onde é que tudo isso vai parar? Um apelo ao "sólido" que tem sumido da nossa sociedade.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Histórias de amor

Estive pescando, por aqui e acolá, histórias de amor de alguns conhecidos. O interessante é notar como elas são contadas com grande entusiasmo como se fossem um conto de fadas quando, obviamente, terminam "bem". As histórias que não tiveram um final feliz costumam ser contadas com racionalidade, distância, analisando os detalhes e com certo ar de sensatez. Ou então as pessoas evitam falar sobre elas, até mesmo porque as esqueceram, fizeram questão de esquecer aquilo que passou ou que terminou em lágrimas.
E tem a minha mãe, que com aquele ar sereno e interrogativo, analisa suas histórias como 'uma ironia' que, no seu tão esperado fim-que-ainda-não-terminou, recaem sobre uma felicidade bem merecida após uma boa luta, desencontros e sofrimentos ("And in the end, the love you take is equal to the love you make", já diriam os Beatles).
Mãe também quer ajudar...pra gente entender a vida como ela é. Mas pra entender, mesmo, é só vivendo. Se é que é possível entendê-la...